domingo, 28 de outubro de 2007

4 While - São Paulo/SP


Juntando a amizade ao amor pela música, Leandro , Dii , Pepitcho, Andy e Sonu (bateria, guitarras, voz e baixo - respectivamente) formaram a 4 While em julho de 2006. A apenas seis meses com a nova formação, esta banda teve a oportunidade de tocar em shows com muitas bandas já conhecidas no cenário Underground brasileiro: "é sempre uma ótima oportunidade mostrar nosso som pra muita gente", afirma Dii. O grande diferencial desses garotos está nas composições, pois a forma com que unificam as diferenças de cada integrante não dá espaço para comparações, fato este que faz 4 While obter grande repercursão em seus shows. A banda entra em estúdio na próxima semana para a gravação do novo simgle, "Nada Mais Importa". Então, 'por enquanto' é só esperar e ver o que sairá deste forno.
Entrevista com Dii, Le e Dan.
Cinta Liga: Famoso começo... falem um pouco sobre a banda.
Le: O 4While nasceu em 2006, no meio de 2006, mas a formação era muito diferente só restamos eu e o Diego daquela formação, os outros são músicos contratados (ahauhauahuahau, zuera), o 4while é, além de uma banda, um grupo de amigos. Isso que foi legal, nas outras formações não havia tanto entrosamento. Fala aí agora Diego.
Dii: O 4 While foi fundado em julho de 2006 , mas apesar do pouco tempo já fizemos muitos shows e conseguimos firmar o nome 4 WHILE por onde passavamos . A formaçao atual é Andy (vocal), Dii (guitarra), Pepitcho (guitarra), Sonu (baixo) e Le (bateria), mas só eu e o Le estamos desde o começo da banda.

(Vanessa sai da conversa)
Dii: Pergunta pro Le sobre a batida na porta esquerda do passageiro no dia 17/06/07 as 13:00 hs. Qual foi a reação dele...

Cinta Liga: Hahaha, qual foi a reação Le?
Le: Eu me senti como se estivesse parado no tempo, eita que profundo!

Cinta Liga: Como assim?
Le: Bateram no meu carro...fiquei puto da vida!
Dii: Quase chorou!
Le: Mas não chorei!
Dii: Não que eu tenha visto.
Le: Fala seu apelido na banda.
Dii: O meu? Doug? É esse?
Le: É, Doug Funnie!
Dii: HA HA HA NÃO É ASSIM NÃO! O do Pepitcho é Sr. Batata, do Andy é Rufos, Sonu - Puro Osso e Le - Tio Macalé!
Le: Nunca me chamaram assim, você está inventando agora!
Dii: Não? Como não?
Le: Nunca, seu mentiroso. Olha que se você mentir seu nariz vai crescer ainda mais!
Dii: É Tio Macalé sim, tá passando Batman!
Le: Você parece o pinguim!
(Vanessa volta)

Cinta Liga: Continuando... De onde vem o nome da banda?
Dii: O nome surgiu em um dos primeiros ensaios, a gente se perguntou 'Qual o nome da nossa banda?', aí começamos a pensar em muita coisa, e depois de pensar muito o Le disse 'Ah, deixa sem nome POR ENQUANTO'. Até aí tudo bem, mas o Le insistiu na idéia 'POR ENQUANTO', esse poderia ser o nome. Mas aí não agradou muito, aí ele: 'Que tal FOUR WHILE?' (por enquanto, em inglês), aí gostamos do nome e fizemos a adaptação para o nome que vocês conhecem hoje: '4 While'!

Cinta Liga: E há quanto tempo a banda tem essa formação de hoje?
Dii: Fazem 6 meses, mais ou menos.

Cinta Liga: E quanto às músicas de vocês. Sobre o que falam e de onde vem a inspiração?
Le: Bom, a criação para nós não é um processo muito rápido, infelizmente não temos nenhum grande compositor na banda. Mas a inspiração vem das coisas que ocorrem no nosso cotidiano mesmo. Recentemente o Andy compôs uma letra muito boa, o nome da música será "A Sua Ausência", ainda estamos terminando de trabalhar nela.
Dii: E nesse mês ainda sai o novo single chamado "Nada Mais Importa".

Cinta Liga: E vocês têm projeto para gravar um CD ou entratão no estúdio para gravação deste single, apenas?
Dan: Single, apenas.
Le: O Dan também é peça chave na composição das músicas, mais na parte instrumental.

Cinta Liga: Quanto aos shows, vocês já tocaram com muitas bandas grandes. Como é isso pra vocês?
Dii: Sempre surgem convites, a gente vê os mais interessantes e aceita. Dia 27, vamos abrir o show das bandas Glória, Granada, Dossiê, 35MLs e Scracho. Vai ser uma ótima oportunidade para mostrar nosso som pra muita gente!

Cinta Liga: Já aconteceu algo muito ruim ou muito chato com vocês?
Le: Sim, estourar a corda, quebrar baqueta!
Dii: Ah já sim! Falta de respeito dos organizadores com as bandas, atrasam os horários ou apressam a gente para sair do palco para as bandas de maior porte tocar,ou atá mesmo a cota abusiva de ingressos. (As bandas pagam para tocar, quanto maior for o show mais ingressos você tem que vender para poder tocar com sua banda). Ou isso também, aparelhagem ruim da casa.

Cinta Liga: E qual foi a coisa mais legal que aconteceu?
Dii: Sempre tem quando a gente sai do palco e recebe um elogio.
Le: Sim. Que nem no show com o Srike na época em que eles ainda não tocavam na rádio. Conta aí Dii!
Dii: Haha, eu estava com o Le guardando as coisas, aí o Rodrigo do Strike foi lá no palco e falou: "Da hora o som hein". Só que a gente nem sabia quem era ele!

Cinta Liga: E quais são as influências da banda?
Dan: Udora, Foo Fighters, Fall Out Boy, Coheed and Cambria.

Cinta Liga: Qual a comida preferida de vocês? (Idéia do Dii)
Dii: Pizza!
Dan: Pizza e burritos.
Dii: Ele come aquela parada de passarinho também.
Dan: Granola?
Dii: É, é bom! O Andy? Coloca assim para ele: Sem preconceito, o que vier ele come! O Pepitcho gosta de tomar massa, o Le come pizza, pipoca e lanche! E Burguer King.

Cinta Liga: E qual a mania de cada um?
Dan: A minha é de ficar nervoso.
Dii: Eu sou um emoticon na vida real, do mesmo jeito que eu falo no msn eu sou ao vivo. (*-*, O.O. :B). O Le disse que eu tenho o nariz grande, mas é mentira.
Dan: Meu nariz é de judeu.
(Di faz um desenho de "nariz de judeu" pelo msn).
Le: Vocês conhecem o Pinguim do Batman? Então, o Pinguim é: nariz do Dii, barriga do Andy, voz do Sonu e preguiça do Pepitcho!
Dii: E você parece o Guarda-Chuva, magrelo!
Le: Pergunta qual o maior medo do Diego.
Dan: Barata?
Le: É!
Dii: Que barata o quê! São insetos voadores, em geral. E não é medo, eu só corro dos bichos.

Cinta Liga: Bom, para encerrar... Vamos aos agradecimentos!
Dii: Agradecer à vocês pela oportunidade, aos nossos queridoooooos fãs que nos motivam a continuar e pra todo mundo que esté lendo aqui. Valeu a atenção!
Links:
[contato] banda_4while@hotmail.com

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

ACNE - São Paulo/SP


Theo e Badá nas guitarras, Teté na bateria, Denis no baixo e Luiz no vocal. Misturando vertentes do Rock, a banda paulista formada em agosto de 2003 faz um som direto, trazendo uma identidade de suas influências, mudando algumas formações até chegarem da atual. Suas letras são suas vidas: o que eles pensam, enxergam e sentem. Atualmente Acne vem crescendo e ganhando o seu espaço no cenário independente, tocando em diversas casas de shows da capital paulista e também em cidades do interior, dividindo o palcom com muitas bandas consagradas do cenário Independente. No final de 2005 A Música “Já não sei mais” do CD demo “Sonho Estranho” foi lançada na Internet, com a qual milhares de pessoas se identificaram com a letra, tornando-a um HIT e fazendo a banda crescer e ser conhecida no cenário Independente nacional. Perguntamos se é difícil se manter nesta cena: "Claro! Difícil é difícl, mas se fosse fácil não teria graça" respondeu Badá. Na lata! Cinta-liga recomenda clicar nos links e saber um pouco mais sobre essa "A"titude "C"ompulsiva "N"itidamente "E"xpressa!


Entrevista com Badá.

Cinta Liga: Comece falando um pouco sobre a banda Acne.
Badá: Bom, a Acne é uma banda que está na cena há 4 anos e vem ganhando cada vez mais seu espaço, a formação já mudou algumas vezes para chegar nessa que se encontra hoje. A música que fez a Acne se tornar conhecida foi a "Já não sei mais" que saiu na coletânea "Não me cimplique mais", desde então, no ano passado foi lançado a demo com 5 músicas e muitos shows para fazer divulgação . Então logo em março desse ano entramos em estúdio para gravar o CD, pois vimos que a galera queria mesmo um CD e não um simples demo.

Cinta Liga: A quanto tempo vocês estão com essa nova formação?
Badá: O baixista faz um ano em janeiro e o batera acabou de entrar.

Cinta Liga: E sobre os CDs da banda... Vocês tiveram algum patrocínio ou apoio para as gravações?
Badá: Conseguimos um produtor que manja muito na área de rock, rock clássicos e isso foi um grande apoio e aprendizado para todos nós porque amadureceu muito as músicas que tínhamos e as novas músicas também... Mas a grana foi tudo corre nosso, organizando algumas paradas e trabalhando para pagar.


Cinta Liga: Quase todas as bandas que nós entrevistamos disseram que passaram por um amadurecimento durante as gravações e você também acaba de dizer isso! O que ocorre de tão 'surreal' para acontecer esse amadurecmento?
Badá: Você ver do quanto você é capaz de aprender e evoluir!


Cinta Liga: E quanto as músicas... sobre o que vocês costumam falar nas letras e quais as influências da banda?
Badá: Sentimentos, sobre a vida pessoal e ideais... tipo 'Antes de dormir' eu fiz pra minha ex, aí você já tem uma idéia: as influências são Charlie Brown Jr, Incubus, Green Day, Raimundos, Sublime, Planta e Raiz, Tom Jobim, Blink 182, Los Hermanos, Mamonas Assassinas e Sabotage.


Cinta Liga: A cena independente do Brasil está crescendo muito, e muitas bandas estão surgindo. Acne é uma banda conhecida em todo Brasil, vocês já tem CD pré-lançado... Foi muito difícil mostrar o trabalho de vocês ou vocês chegaram muito rápido à esse nível?
Badá: Bom temos a demo lançada, CD se Deus quiser depois do carnaval vai estar na cena hehe), mas as músicas já são divulgadas em shows e no vídeo que tem no site... agora, difícil é difícil, se fosse fácil não teria graça. Para chegar onde chegou hoje existiu muita treta interna, muito gás, muito sofrimento, já até tacaram lata de cerveja em nós, vaiaram , mas hoje o povo está respeitando cada vez mais a banda e isso é bom, porque amadurecemos muito como lhe falei. Agora o povo não tem aquela visão de que todos nós somos moleques, tem uma imagem "porra o som melhorou pacas".


Cinta Liga: Meu Deus, já jogaram lata de cerveja e vaiaram? Como foi isso?
Badá: Teve um show em Osasco que tacaram latinhas no Lu e ele ficou nervoso foi aí que vimos que a gente precisava amadurecer, e uma vez no interior um gordão ficou xingando o Theo e ele parou de tocar pra xingar o cara, aí o cara subiu no palco, robou o celular do Theo e ainda falou no microfone que só tinha banda ruim tocando lá e os seguranças tiraram ele do palco.


Cinta Liga: Bom, estava aqui olhando a agenda de vocês no fotolog *fã (L) hahaha* e vi que vocês vão tocar com Forfun. Para a cena de Mato Grosso do Sul isso é algo muito grande. Sempre aparecem oportunidades assim pra vocês na cena de São Paulo?
Badá: Olha quando aparecem convites e oportunidades assim a gente agarra e corre atrás...sem frescura mesmo!


Cinta Liga: E vocês têm algum Street-Team, algo que ajude a banda na divulgação?
Badá: Estavam fazendo um, mas nem sei se está pronto, mas a mulherada ajuda com força total mesmo! No corre, na divulga, e aproveitar a oportunidade agradecer você por essa oportunidade de divulga e a Kinina e Gaby Campaner pelo site, a Gabes, a Lu e a Brenda do fã-clube, todos que acompanham a Acne e a galera que curte!


Cinta Liga: Acompanhando o ritmo de agradecimentos... pra finalizar a entrevista, você gostaria de acrescentar algo e agradecer a mais alguém?
Badá: Gostaria de agradecer a Deus pelas oportunidades que ando ganhando, a minha mãe, meus amigos de bandas, a todos que nos apoiam, a vocês, as bandas que estão no corre como Lenin, Minduz, Indigo, Burnot, Chokofreakys, To Hear e geral, PAZ DE JAH!


Links:

domingo, 14 de outubro de 2007

Montauk - Santos/SP


Quarteto capitaneado pelo compositor Ciro Hamem, Montauk faz folk-rock em português e carrega influências como Bright Eyes, Pavement e o antológico Bob Dylan. A banda surgiu em meados de 2005 e trilhou um caminho de shows entre Santos e São Paulo, enfrentou mudança de integrantes e chega em 2007 com uma formação permanente e pronta para seguir seu destino. Montauk segue em frente com canções lo-fi, recheadas de melodias pop, e letras rebuscadas que contam experiências amorosas de forma sutil e apaixonada. Com um disco na bagagem, tempo de estrada e muito talento, o quarteto usa e abusa da emoção nas apresentações ao vivo. A fotossíntese do Montauk se inicia com os acordes criados no violão folk de Ciro Hamem, ganha harmonia e intensidade com as notas do tecladista Giulliano Larin, é seguida pelas linhas eficientes do baixista Rafael Campos e esbarra na bateria bem marcada à la Teenage Fanclub, tocada por Robson Lorenz.
Entrevista com Ciro e Rafael.

Cinta Liga: Comecem falando um pouco sobre a banda.
Ciro: O Montauk começou quando eu fazia umas composições só voz e violão. Mas nem todo lugar aceita show desse tipo, então achei legal tocar com uma banda. O Rafael foi o primeiro a entrar, originalmente tocando teclado. Depois veio o Robson na bateria. Nós 3 somos os fundadores praticamente. Os primeiros shows aconteceram no final de 2005 e nesse meio tempo passaram pela banda vários músicos, baixistas, guitarristas e até percussionistas. Mas agora estamos com uma formação definida. O Rafael (Papito) passou pro baixo e agora temos o Giulliano no teclado. Fizemos o primeiro show com essa formação essa semana mesmo.
Rafael: Quando eu e o Ciro começamos o projeto, estávamos procurando um baterista, e quando fomos num show aqui na nossa cidade que tocou Biônica e outras, resolvemos sair perguntando quem tocava, mas eu duvidava que iríamos encontrar, mas para nossa felicidade encontramos o nosso amigo Robson.
Ciro: Tocou Devotos De Nossa Senhora Aparecida também (banda do Thunderbird da MTV). Aí pensamos que devia ter gente nesse show, que curtiria o tipo de som que queríamos fazer.

Cinta Liga: E qual o tipo de som que vocês desejavam?
Ciro: Então, na época, e até hoje ouvia muito folk e indie rock. O Robson era um cara que curtia umas coisas mais para o indie rock mesmo, tipo guitar, como Teenage Fanclub e Nada Surf, mas encaixou perfeitamente. Além de ser um ótimo baterista e fazer sucesso entre as meninas, o Robson é um dos meus melhores amigos.
Rafael: No começo era bem diferente né Ciro?!! Eu ia ser o cantor, e eu queria tocar um som mais Rock'n Roll, na época estava viciado em Strokes e queria cantar em inglês, mas aí começaram as divergências e ele queria que o som fosse em português, ai eu pulei fora... só mais tarde que eu voltei pro projeto para tocar meu tecladinho CASIO!

Cinta Liga: Então são essas as influências da banda?
Ciro: As influências da banda são várias, eu ouço de tudo. No momento dessa entrevista estou ouvindo Wu-Tang Clan, mas na banda acho que as influências são bandas tipo Bright Eyes, Rilo Kiley, Violent Femmes, The Cure e até o Bob Dylan.
Rafael: A gente tem um gosto bem diferenciado um do outro, eu gosto desde Ópera até Rap, mas para o som da banda, acho que nós focamos mais no folk e indie rock mesmo. Já o nosso novo tecladista é o que tem o gosto musical mais diferente do nosso, o Giulliano gosta mais de Genesis, Scorpion...
Ciro: Acho que Vanguart pode ser considerada uma influência também. Ainda mais que são nossos amigos. Tem uma banda nova que estou ouvindo muito agora também, se chama Beirut, o cara faz um som meio leste-europeu com uns instrumentos exóticos pro rock, tipo trompete, acordeon.

Cinta Liga: Legal! E quanto às letras das músicas... de onde vem a inspiração?
Ciro: Acho que de tudo. Toda arte é um pouco auto-biográfica, eu acho... pode ser alguma coisa que vivi, que ouvi, um filme que assisti, um livro que estou lendo naquele momento. Mas é sempre uma visão do autor sobre determinada coisa. Todo tipo de arte tem que ser passional.
Rafael: Ele escreve muito sobre amor, como as coisas cotidianas mudam o jeito da pessoa agir, aquelas coisas pequenas que ninguém percebe, mas que quando colocadas sob as palavras certas sai algo realmente bonito, pelo menos é o que eu acho... mas ele escreve muito sobre como vivemos na nossa cidade onde só se tem bares para ir e uma diversão noturna é ficar bêbado! Hahaha.

Cinta Liga: Mas o meio independente é isso, né... falar cada um do seu caminho, da sua vida. E falando em independente, como está a carreira de vocês? Tem algum CD lançado, ou previsão pra lançar um?
Ciro: Temos algumas gravações, mas nunca foi lançado nada oficialmente. Gravamos umas músicas no fim de 2005/começo de 2006 que são as que estão disponíveis para download nos sites. O plano agora é de entrar em estúdio ainda esse mês para dessa vez gravar um CD e lançar de verdade, da maneira independente. Temos muitas músicas novas e o som da banda já mudou bastante do começo pra cá. Quanto à carreira, tem tudo para melhorar a partir desse lançamento. Afinal, é muito difícil tocar em festivais e esse tipo de evento sem ter alguma coisa (física) para enviar. A banda está praticamente estreando novamente agora. O show com o Vanguart que fizemos essa semana foi um verdadeiro começo. Temos uma data agendada para São Paulo no dia 26 de outubro e esperamos que vocês nos levem para tocar em Campo Grande! hehehe. Ah, tem uma data a confirmar em Taubaté também. Outra em Mogi... tem muitas coisas no ar.

Cinta Liga: E de onde vem o nome da banda?
Ciro: Vem do filme "Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças", Montauk é a estação de metrô onde o casal de protagonistas se "reencontra".

[Ciro tem um problema em seu computador e precisa reiniciar, enquanto isso, rola troca de informações, idéias e sorvete pelo msn! haha]

Cinta Liga: Bem... vocês são uma banda que possuem um gênero muito diferente dos sons que já ouvi. Como é isso pra vocês? Vocês tem alguma 'indiferença'? Como é a aceitação do público quanto ao estilo das músicas?
Ciro: Eu nem acho nosso som tão diferente assim. Acho que fazemos canções 'pop simples'. É muito difícil encontrar uma banda que faça algo, pelo menos de longe, parecido com o que a gente faz. O que se vê em todo lugar é a guitarra, baixo e bateria de sempre. Adicionar instrumentos que nem são tão exóticos assim, tipo violão e teclado, já soa estranho para alguns. Acho que o único show que fizemos com uma banda com um som meio próximo, foi com o Vanguart mesmo, sempre tocamos com bandas de formação óbvia, mas acho que isso é o legal, chocar o público, sendo diferente. Afinal, pra que fazer igual aos outros?
Rafael: Eu já acho bem diferente sim. Acho que imprimimos nas nossas notas um som minimalista, romântico e divertido que pouco se vê por aí, e a aceitação do público começa a crescer agora que estamos nos aperfeiçoando a cada dia! É isso mesmo Ciro, chocar o público... lembra do nosso primeiro show?!?!
Ciro: Vou falar o seguinte: aqui em Santos tem muita gente que se acha o músico, nego que se acha o guitar hero. Tem muita técnica e acha que isso é tudo, mas acho que pra mim, a música está no sentimento, no feeling. Eu toco violão desde os 13, sei lá, e até hoje não sei tocar direito, até por isso que procurei músicos de verdade pra formar o Montauk.
Rafael: Músicos de verdade!?!? Pô, tenho que sair da banda então!! hahahaha.

Cinta Liga: O negócio é mais ou menos assim: música na alma e não no ego, certo?!
Ciro: Tem gente que consegue conciliar os dois, acho que técnica é algo que se pode aprender. Já sentimento, emoção é difícil...vou te dar um exemplo, o disco In The Aeroplane Over The Sea do Neutral Milk Hotel é considerado um dos melhores no gênero indie rock de todos os tempos e o Jeff Mangum, que faz todas as músicas é um cara que tem uma sensibilidade incrível, é impossível você escutar e não sentir o coração e a alma do cara ali. E todas as músicas nesse disco tem dois, três acordes. É incrível o que pode se fazer com tão pouca coisa. Jeff Mangum inspirou muita gente, até a Karen O. do Yeah Yeah Yeahs disse que começou a cantar por causa dele e as músicas do cara não são rock também. É uma coisa que está acima disso, bem acima daquele cara que só tem técnica e só sabe fazer firula e fica tocando achando que é o rock´n´roll. Acho que é isso...

Cinta Liga: Deixando para trás o sentimento e falando do materialismo um pouco, como é sobreviver no underground, sem apoio de gravadoras e patrocínio para fazer shows?
Ciro: É ruim, mas a gente faz por diversão mesmo. Nunca ganhamos nada com isso e também não é essa nossa pretensão.
Rafael: Gravadora é sempre uma questão meio estranha. É lógico que seria legal ter uma fonte de distribuição maior, mas é para isso que existe e nos apoiamos na internet, e é por isso que resolvemos que não vamos vender nosso próximo CD, vamos distribuir para quem quiser, vemos isso como um investimento. Mas é realmente como o Ciro falou, fazemos isso porque nos divertimos. A partir do momento que virar uma obrigação e não sentirmos mais prazer nas nossas músicas, com certeza vamos parar.
Ciro: Mas é claro que temos umas metas para atingir, como tocar em Moscou e em Nantes.
Rafael: Eu quero tocar na Suécia, mas se eu pisar lá, não volto mais!

Cinta Liga: E vocês têm alguém pra ajudar na divulgação, como o pessoal do Orkut e fotolog ou são só vocês mesmo?
Rafael: Bom, por enquanto só nós mesmos. Somos os nossos próprios produtores.
Ciro: Mas quem quiser ajudar é bem-vindo!

Cinta Liga: Vocês querem agradeçer alguém em especial? Dar um 'alô'?
Ciro: Primeiramente, agradecer vocês duas, né. Afinal, estão fazendo essa entrevista e vão levar a nossa banda para Campo Grande. Agradecer a todo mundo que comenta no nosso fotolog e na comunidade do orkut.
Rafael: Eu quero agradecer a vocês pela iniciativa de ajudar as bandas do Brasil. Queria agradecer a galera da carniça daqui de Santos, que está semrpe com agente nas chapações do dia a dia!!
Ciro: Todo mundo que apóia, que vai aos shows e você que está lendo essa entrevista agora, depois baixe nossas músicas no Trama e veja nosso vídeos no Youtube e tudo o mais. Baixe no Myspace, melhor, sei lá, baixe onde quiser. Esperamos que vocês gostem das músicas e se algum fã quiser nos presentear com sorvete de pêra, fique a vontade!
Rafael: Opa, com certeza! Tem que vir nos visitar, quando quiserem o conforto do litoral é só chegar mais! [e o papo continua...]
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quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Oni ao Cubo - Goiânia/GO


Mayzena no baixo, Nhoki nos vocais e guitarra, Piki na guitarra e back vocals e Junior -o único sem apelido de comida- na bateria. É assim, com quatro adolescentes cristãos que é formada a ONI AO CUBO, que para eles, é muito além do que uma banda: é uma proposta de vida.Os amigos se conheçem a sete anos, formaram a banda há cinco, porém, é com apenas cinco meses de nova formação que a banda atinge seu ápice. "A banda mudou muito de formação nos ultimos meses, mas é que a gente realmente juntou os caras certos agora", afirma Filipe "Nhoki".Por se conhecerem a tanto tempo, fica muito mais fácil explorar as vertentes de cada integrante que, mesmo tenho influências tão distintas uma das outras, conseguem fazer um hardcore muito saudável. As letras falam do cotidiano da banda, que por serem cristãos, não poderiam deixar de falar sobre Deus em suas músicas. "Somos cristãos, mas a banda não é gospel. Queremos apenas difundir a idéia de que não há porquê ter divisão entre esses estilos", diz Piki. A ONI³ tem parceria com o selo Poker Diaz e este ajuda muito a banda nas divulgações, porém não podemos descartar que a maior rede de divulgadores são os amigos virtuais. "Sem eles seriamos uma banda por aí... sem rumo."Falar ou não de Deus não importa: o que pesa mesmo na balança é saber que os meninos fazem ótimas letras e melodias, mostrando que pro hardcore não existe fronteira. É só ouvindo mesmo pra entender.



Cinta Liga: Comecem nos contando um pouco sobre a banda.
Nhoki: Bom, a "historia" da banda é MUITO grande (ate hoje não tem ela registrada na internet), vamos providenciar, um dia! [risos]Mas assim, a ONI³ é e sempre foi, além de uma banda, uma proposta de vida. Nós nunca olhamos a banda como um simples hobby e sim como um trabalho, onde dedicamos tempo, suor, grana... Mas tudo isso é recompensado e aos poucos vamos vendo o retorno das coisas.Mas é assim que funciona mesmo. A gente sempre quis isso pras nossas vidas, tanto que a banda mudou muito de formação nos ultimos meses, mas é que a gente realmente juntou "os caras" certos. Pikix: A ONI³ depende inteiramente da ajuda dos fans que temos por ai... São eles quem divulgam conosco e a participação sempre foi direta, tanto que os spams são mandados por pessoas de varios lugares, e é isso que nos motiva a trabalhar mais e mais!


Cinta Liga: Pois é, acabei de receber um spam aqui no meu orkut!
Pikix: Viu só? [risos] E foi algum de nós?


Cinta Liga: Não!
Nhoki: Ah não, essa parte tem que ir pra entrevista! [risos]


Cinta Liga: Mudando um pouco de assunto... Vocês tem quanto tempo de formação?
Pikix: Eu digo que essa formação é recente, mas nos conheçemos a 7 anos então sempre soubemos da capacidade de cada um, e estamos explorando cada vertente.

Nhoki: Pois é, mas só agora Deus uniu agente na mesma parada e agora sim a coisa fluiu de uma maneira inexplicavel. A formação atual (da qual gravamos o segundo disco) tem cerca 5 meses, mas a ONI³ tem 3 anos de estrada. Da formação original restam apenas eu, mas agora a atual formação é sem duvida a melhor. E vai permanecer nos proximos 50 anos, eu garanto!


Cinta Liga: Poxa, ficamos felizes em saber que está tudo indo bem pra vocês... Mas expliquem-nos: da onde surgiu o nome ONI AO CUBO?
Nhoki: ONI³ é uma sigla de ONIpotente (todo-poderoso), ONIciente (tudo sabe) e ONIpresente (presente em todos os lugares), que é o que Deus é saca? Queria o nome da banda relacionado com algo bíblico, mas queria algo diferente, algo que chamasse atenção e curiosidade, e não algo obvio. Daí saiu a ideia de ONI³ ... E muita gente vira mais fã da banda depois que sabe o siginificado do nome! Engraçado isso! [risos]
Pikix: Então, nós todos somos cristãos, mas a nossa banda não é banda gospel. Vemos DEUS COMO VIDA, e só DEUS nada de religiao ou algo assim. Acreditamos em Cristo e só.


Cinta Liga: Nos chamou muito a atenção quando ouvimos as música de vocês e percebi que vocês falavam de Deus... Como é fazer um som 'hardcore/emo' falando de Deus?
Pikix: A gente se surpreendeu por nao estar havendo preconceito. A gente não prega no meio de shows e nao ficamos lá com a bandeirona astiada, entao acho que tem funcionado assim. As pessoas respeitam porque respeitamos a individualidade delas. Mostramos que NÓS acreditamos em Deus e é isso que tem feito nossos sonhos se realizarem. Nossa força, nossa paz vem dEle! Queremos apenas difundir a idéia de que não há porquê ter divisão entre gospel e nao gospel.
Nhoki: Mas eu me supreendo porque a gente enfrenta mais preconceito DENTRO da cena cristã do que fora entende? Tipo, os cristãos acham que, se agente fizer uma musica como a LEMBRO, nós não somos mais cristãos e isso acaba sendo algo sem fundamento saca? Se você se forma pra medicina, vai curar pacientes evangélicos? Se você se formar pra Arquiteto, você so vai construir igrejas e congressos?Se você for musico, só pode tocar musicas que falem de Deus? (deu pra entende ro exemplo?) [risos]


Cinta Liga: Mas e sendo cristãos? Quais as influências musicais de vocês?
Pikix: Nossa agora você vai ler um texto! Emery, Switchfoot, Underoath, Normakean, The Working Title , Incubus , Fresno , Los Hermanos , Funeral For a Friend, essas coisas... agente simplesmente escuta de TUDO!
Nhoki: E quando eu digo TUDO é tudo mesmo, porque o nosso batera escuta MICHAEL JACKSON, acredite! [risos]


Cinta Liga: E quanto ao CD: vocês estão entrando em processo de gravação pro segundo CD já, correto?
Nhoki: Sim, sim.E tá uma canseira! hehe ! Já gravamos toda a parte instrumental e estamos nas vozes agora. E esse cd ta prometendo!Tem uma produção muito boa por traz de tudo: nosso selo (Poker diaz) que tá dando uma força muito bruta na divulgação e estamos lançando prévias pra galera conferir a nova cara da banda nesse disco. A aceitação esta supreendente! A gente tá com uma ideia fixa num tipo de trabalho, a banda toda pensa em conjunto e isso vem facilitando as coisas.


Cinta Liga: Foi fácil conseguir essa parceria com o selo Poker Diaz?
Nhoki: Na verdade, começou com a ONI³ entrando na segunda coletânea que o selo nos lançou.Isso ajudou muito no crescimento da banda porque só tinham bandas "respeitadas" e era uma honra a gente ta ali no meio.
Pikix: O que também tem nos ajudado muito é o nosso produtor SHELDON FEITOSA que tem sido como um pai pra banda, dando até conselho de vida. Viraramos amigos mesmo.

Cinta Liga: A entrevista está acabando... Mas foi muito divertido conversar com vocês e principalmente nossas conversinhas que ficaram em off, hehe! Pra encerrar, gostariam de agradeçer alguém em especial? Sintam-se à vontade!
Pikix: Às nossas familias, amigos (eles sabem quem são!), nosso selo, nosso produtor, à Deus!
Nhoki: E claro, a galera que está nos ajudando DEMAIS na net: galera do fotolog, orkut e street team. Sem a galera pra divulgar, ONI³ seria uma banda por aí... Sem rumo.
Pikix: E obrigado a vocês, tias!

Links:





[contato para shows] pokerdiaz@hotmail.com

domingo, 7 de outubro de 2007

Chainsaw Rock - São Paulo/SP



Chainsaw Rock é uma banda de rock/hardcore que começou em 2005, com os amigos Eduardo (bateria), Diogo Bahia (baixo/vocal), Rafael Morto (guitarra/vocal), Vinicius (guitarra) e Rafael Rato (vocais). A banda já subiu em grandes palcos do underground brasileiro, como o Ska Skate Rock, Outs e Splash Rock Bar.
A banda tem algumas músicas Demo disponíveis na internet, porém como estão com a nova formação a apenas 2 meses, os projetos para gravação do CD começará à partir de 2008. "Queremos fazer algumas gravações 'teste' com o novo guitarrista e se tudo correr bem em 2008 gravaremos um CD totalmente independente", afirma Rafael.
Influenciados pelo Hard Core e algumas 'pitadas' de J-rock (rock japonês), as músicas são todas um desabafo da banda, fazendo com que os integrantes façam parte de cada composição."Somos unidos em tudo,desde composição até os detalhes mcnimos". As letras ajudam a quem deseja escolher sabiamente o caminho a seguir, mas sempre usando o lado positivo de cada situação.
Vale muito a pena conferir.

Cinta Liga: Então, começe me falando um pouco sobre a banda...
Chainsaw Rock: Bom ,a banda já tem um certo tempo de vida, ela começou no ano de 2005, porém durante esses 2 anos alguns integrantes foram substituídos, o som ficou mais encorpado, estamos a pouco mais de 2 meses com essa nova formação, que está dando super certo!

Cinta Liga : E com a nova formação dando certo, a banda está mais animada para novos shows? Como está a agenda de vocês?
Chainsaw Rock: Agora a banda está super animada ,nossa agenda hoje está mais calma, fizemos 4 shows em menos de 1 mâs, temos um próximo show marcado para dia 06/10 (sábado), e esperamos marcar mais. Não temos quem nos ajude com essa parte, fica por nossa conta, mas pretendemos tocar mais algumas vezes antes de acabar o ano. Já tocamos em alguns lugares conhecidos do underground de SP, como o Ska Skate Rock, tocamos semana passada na Outs e sábado tocaremos no Splash Rock Bar, um bar conceituado da cena underground de SP.

Cinta Liga: Bacana... isso é sinal de que a cena independente está reconhecendo cada vez mais as bandas novas, não é?!
Chainsaw Rock: Sim, e se Deus quiser não vai mais ficar tão dificil de divulgarmos nosso som, os lugares estão abrindo mais portas para a cena independente, o que é bom para todos nós, tanto bandas, como o público também!

Cinta Liga: Mas, falando de música, a banda está com algumas gravações disponíveis na internet. Vocês têm algum projeto de gravação para agora ou ainda vão esperar um tempo para consolidar a nova formação?
Chainsaw Rock: Sim, queremos fazer algumas gravações 'teste' com o novo guitarrista e se tudo correr bem em 2008 gravaremos um CD totalmente independente. Não sabemos ao certo quantas faixas o CD terá, prometemos 8 faixas, até mesmo por que o custo ainda está alto ,então como não temos patrocínio nem pessoas que nos apoiem financeiramente, este é o minimo que podemos garantir.

Cinta Liga: Qual é o tipo de som que vocês fazem e o que vocês tentam passar das músicas pra quem ouve?
Chainsaw Rock: Nosso som é muito influenciado pelo Hard Core, algumas 'pitadas' de J-rock (rock japonês), nossas letras costumam fazer as pessoas pensar nas decisões que ela tem que tomar, escolher sabiamente o caminho a seguir. Algumas falam sobre um momento de depressão, crises de personalidade... mas sempre usando um lado positivo da situação. Quase todas elas são 'desabafos' dos integrantes da banda.

Cinta Liga: Então as músicas da Chainsaw Rock tem a ajuda de todos os integrantes nas composições?
Chainsaw Rock: Sim, as músicas são todas escritas por todos na banda. Somos unidos em tudo ,desde composição até os detalhes mínimos.

Cinta Liga: Nossa entrevista já está acabando... Você tem alguma coisa pra falar, quer agradeçer alguém em especial?
Chainsaw Rock: Bom, primeiramente a vocês pela oportunidade, agradecemos às pessoas que comparecem aos shows, amigos, às nossas garotas ,Dani, Karina ,Ingrid e Mel, e a todos que já dividiram o palco com a gente... sem eles a banda não existiria, é para eles que seguimos em frente!
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quinta-feira, 4 de outubro de 2007

The Bombers - Santos/SP



Formada por Matheus Krempel (vocal e guitarra), Estefan Ferreira (bateria), Gustavo Trivela (baixo) e Amauri China (baixo) e com 10 anos de atividade, o Bombers de Santos é uma das mais polêmicas e aclamadas bandas do cenário independente brasileiro. "Nós somos uma banda de Rock e somos inconseqüentes, adoramos tocar e conhecer pessoas. Graças a isso estamos aqui até hoje", afirma Matheus. Para divulgar o novo trabalho, o CD "Democracia Chinesa", a banda foi escalada para a última edição do Vans Zona Punk Tour, uma parceria bem sucedida entre o site Zona Punk e a marca Vans, considerado o maior festival itinerante do Brasil. Com um rock n´ roll simples porém muito honesto, passando uma mensagem de que "se alguém te fez sofrer... foda-se." Intencionando a banda a fazer músicas sem levar as coisas tão a sério.

Entrevista com Matheus Krempel.


Cinta-Liga: Para começar, fale um pouco sobre The Bombers...
Matheus: Bom, o Bombers começou como brincadeira uns 10 anos atrás e está como brincadeira até agora, porque nada na vida se deve levar à sério se não as coisas ficam chatas. Nós somos uma banda de Rock e somos inconseqüentes, odiamos Charlie Brown Jr e adoramos cerveja. Torcemos pro Santos F.C. e adoramos tocar e conhecer pessoas. Graças a isso estamos aqui até hoje.


Cinta-Liga: 10 anos de estrada é muito tempo! Nesse tempo todo, o que mais marcou a banda?
Matheus: Humnnn com certeza a Vans Zona Punk Tour desse ano. Foi lindo tocar em tantos lugares, pena não termos ido à Campo Grande. Ficamos realmente muito trsites. Os caras do Carbona disseram que o povo foi foda.


Cinta-Liga: E me diga, nesse tempo todo vocês já dividiram o palco com alguma banda 'grande', algo que deu um reconhecimento maior à vocês?
Matheus: Ah já tocamos com algumas bandas que gostamos muito, como Carbona, Mukeka,
Satanic Surfers, Garage Fuzz, Boom Boom Kid, Firstations, Boobarellas, Big Nitrons, Shilleper High. Poxa são várias, ficaria aqui até amanhã de amanhã só listando! hehehehehehe


Cinta-Liga: A banda lançou o CD "Democracia Chinesa" e uma demo em Inglês. Qual a maior dificuldade que vocês encontraram pra que isso acontecesse?
Matheus: Com certeza a maior dificuldade foi a falta de reconhecimento. Porque hoje em nosso país as pessoas só reconhecem o que a mídia quer que seja reconhecido e várias boas bandas ficam pelo meio do caminho por falta de estrutura.


Cinta-Liga: Mas você não acha também que existem muitas bandas formadas por aí, por isso a falta de oportunidades pra uma banda crescer?
Matheus: Humnnnn acho que não. Acho que o problema é que temos muitas bandas e as pessoas escutam a mesma música com diferentes bandas tocando. Porque a maioria das bandas são iguais hoje em dia. Todas tocam do mesmo jeito. Pelo menos na tv, só tem isso. E as bandas que fazem uma proposta diferente ficam de fora. Isso é triste.


Cinta-Liga: Falando em proposta, qual é a proposta que vocês tantam passar nas músicas? Vocês buscam falar de algo especial ou fazem o que vem vindo a cabeça...
Matheus: Bom... é pra falar sério? hehehehe... Bem, a mensagem é, se alguém te fez sofrer... FODA-SE! A gente veio aqui pra distrair e pra destruir tudo o que anda sendo feito. O Rock está muito chato e nós viemos trazer um pouco de irresponsabilidade para as pessoas. Um pouco de inconseqüência, diversão e um Chora Vagabunda pra todos os EMO Boys.


Cinta-Liga: Nossa, quanto ódio no seu coração contra os emos!
Matheus: Ah não é ódio não! Eu só quero mostrar que você pode falar de relacionamentos sem ser triste e depressivo, e que o fim de um relacionamento não é o fim do mundo e sim uma boa oportunidade pra voce trepar com várias pessoas diferentes e interessantes. A vida é muito mais do que lágrimas!


Cinta-Liga: A intenção é falar dos problemas sem aquele teatro todo, certo?
Matheus: EXATAMENTE!


Cinta-Liga: Para encerrar a entrevista... Gostaria de agradecer alguém em especial?
Matheus: Sim... à vocês duas. Vocês são FODA pra caralho, umas encaralhadas do Rock. Ah e um beijo para a Portenho!
Faixa a faixa - Democracia Chinesa.

1- Chora Vagabunda (Sempre Assim): "Essa é uma música sobre finais de semana. Uma história meio real, meio causo que fala sobre uma garota que acha que sexo casual é início de namoro. hehehehehehe. Não que não possa ser, mas nesse caso é uma música sobre sexo sem compromisso. Sem deixar de ser um grito para os garotos chorões: CHORA VAGABUNDA!"
2- Até o Fim: "Você passa um tempo com uma pessoa, se envolve e blá blá blá. Se sacrifica por ela, faz de tudo. Aí um dia você lembra que ficar sofrendo é uma caralha de perda de tempo. Ai você resolve por um ponto final disso tudo e decide que vai ser do seu jeito agora e ponto final. É um conselho pra quem vive chorando e escutando Zezé di Camargo querendo cortar os pulsos".
3- Mais de Você: "Nem se eu chutar sua cabeça/ Você vai entender/ Que eu nunca te pedi nada/ Então Vai se Foder.
Na mesma linha da Até o fim só que mais romântica. hehehehehehehe".
4- 24 Horas: "Música forte. Uma das melhores pra mim. Tem uma letra que fala sobre insistência, sobre chegar com vontade. E claro, fala sobre sexo... Bastante explícita!"
5- Ônibus Azul: "Sabe quando você entra em um ônibus e deixa coisas sem serem resolvidas para trás? Ás vezes a distância ajuda mas em certos casos a morte vem melhor a calhar. É sobre viver na estrada."
6- Descontente: "Os toscos também amam! É sobre se sentir fodido e com vontade de socar alguém e não poder fazer nada. É a balada do CD".
7- Jogadas ao vento: "Quando você deixa de fazer algumas coisas, você tem que se conformar em ver elas passarem. Um emprego, uma oportunidade única, várias coisas. Essa letra fala sobre isso."
8- Semana sem você: "Nóia! Você pode ser uma mulher para alguns ou pode ser alguma coisa para outros. Que cada um pense o que achar melhor. Só posso dizer que não foi pra nenhuma doida essa música. hehehehehehe"
9- Não sei nada: "Rancid Caiçara. Nada melhor para descrever essa música que fizemos com o Let´s Go do Rancid na cabeça. E com a letra inspirada em Knowledge do Operation Ivy. Sim... nada se cria e é claro que tudo se copia."

É isso a, um cd que fala, fala, fala e não diz porra nenhuma e acaba dizendo: "Eu só sei que eu não sei nada!". Agradeço a oportunidade de explicar o CD que não tem explicação e que sim tem muito, muito suor!
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quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Blefe - Campo Grande/MS



Tudo começou quando Cooler, uma banda amiga, acabou. Três membros remanescentes resolveram continuar fazendo música, até que Guilherme, Xiká, e Pedro Pum (também ex-vocalista da banda Guerrilha HxCx) se juntaram com Manoel (vocal da extinta screamo Other Side), mas que desta vez ficou com o baixo. Blefe tenta seguir uma proposta um tanto quanto realista nas letras, sem falsos idealismos, por isso o nome. "Muitas mentiras, muita coisa acontece por debaixo dos panos sem que ninguém imagine, e é escondido com sorrisos ou frases misteriosas", diz Guilherme, quem Cinta Liga entrevistou. Eles acreditam que "alcançar o sucesso é continuar tocando o que a gente gosta e sempre evoluir, segundo nossa própria concepção, sem apelar pra jabá ou se vender pro mainstream". Blefe está formada há pouco tempo - apenas dois meses-, mas em sua primeira apresentação mostraram a todos os campo-grandenses que a banda tem tudo pra seguir em frente no cenário underground.


Entrevista com Guilherme (guitarrista)


Cinta-Liga: Pelo nome da banda, Blefe, dá pra ver que o som é algo 'sujo'. Era essa mesma a proposta de vocês? Qual o estilo vocês tentam seguir?
Guilherme: A banda tenta seguir uma proposta um tanto quanto realista nas letras, sem falsos idealismos. Por isso o nome "Blefe". Muitas mentiras, muita coisa acontece por debaixo dos panos sem que ninguém imagine, e é escondido com sorrisos ou frases misteriosas.


Cinta-Liga: E quais as influências?
Guilherme: As influências variam de cada membro, mas é algo oscilando entre o hardcore melódico e o post-hc. Bandas como Dead Fish, Rise Against, Alexisonfire, Envydust e Rancore estão presentes nas preferidas de todos os membros.


Cinta-Liga: Então são essas idéias que vocês tentam passar das letras para o público?
Guilherme: A verdade é que a gente não quer converter ninguém, nem pagar uma de verdadeiro movimento. A idéia é fazer música, se divertir e de quebra tentar fazer as pessoas que por ventura escutarem, pensarem um pouco. Uma mensagem por vezes não muito pacífica, e fugindo um pouco do 'políticamente correto', ás vezes criticando, ás vezes tratando de alguma experiência vivida.


Cinta-Liga: Falando em público... Como foi a primeira apresentação de vocês?
Guilherme: Público é uma parada meio escassa na cena underground de Campo Grande, mas as apresentações têm sido bem divertidas, apesar do repertório ainda incompleto devido ao pouco tempo de banda (cerca de 2 meses). Divertidas por a gente não ligar muito para o que estão falando e apenas tocar o nosso som mesmo. Sábado mesmo tocamos numa festa em que tinha praticamente só headbanger e ouso dizer que foi divertidíssimo!


Cinta-Liga: Como a banda tem pouco tempo, o que esperam para o futuro dela?
Guilherme: Acredito que o nosso "alcançar sucesso" gira em torno de mostrar nosso som pra uma quantidade boa de gente, sem apelar pra jabá e "se vender pro mainstream". Continuar tocando o que a gente gosta e sempre evoluir, segundo nossa própria concepção. E claro, sempre ter um lugarzinho pra tocar de vez em quando, e conseguir registrar com boas gravações, CDs, Splits com outras bandas, vídeos e etc.


Cinta-Liga: Quer fazer algum agradeçimento especial? (Além de Xuxa e Sasha?)
Guilherme: Eu queria agradecer a todo mundo que vêm dando força, apoiando, emprestando instrumentos, dando opiniões sinceras e críticas sobre o som. Afinal o crescimento é sempre maior com críticas. Valeu a todo mundo do underground que vem ajudando a gente a crescer, chamando pra tocar e tal. Não vou citar nomes, mas tá ae. Agradecido!
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